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Todas as coisas se compõem de energia, inclusive o corpo humano. Isso não quer dizer que nossos corpos contenham energia no sentido comumente reconhecido, mas que eles são energia – energia que se manifesta como matéria viva sólida. Essa energia tem padrões específicos de fluxo, que ditam sua função. No corpo essa função é propagar a vida por todas as células. As células são feitas de moléculas, que por sua vez, são formadas de átomos que são criados de espirais de energia – pequenos vórtices de substância cósmica que fluem em harmonia mútua e em harmonia com o fluxo maior de vida universal. O centro do vórtice atômico é o centro do próprio universo do átomo. Cada espiral de energia viaja indefinidamente em um expansivo tipo de difusão a partir de sua fonte. A fonte é conhecida como singularidade, o famoso “aqui e agora”. É o ponto no espaço que proporciona abertura para que a vida penetre no mundo material. Quando consideramos o princípio da espiral de energia, devemos olhar para a espiral universal em que vivemos. Desde a criação do universo que todas as estrelas e planetas de nossa galáxia vão se distanciando em uma grande espiral. A ciência moderna ainda precisa descobrir como e por que isso é assim, embora os escritos orientais de outrora já tenham explicado o fenômeno. Poucas pessoas, entretanto, foram capazes de decifrar o verdadeiro sentido desses escritos, por causa da maneira simbólica em que foram escritos. Quando a ciência do ocidente e as filosofias do oriente se combinarem e amadurecerem juntas, nós seremos felizes o bastante para ver a vida como ela jamais foi vista antes. Bastará apenas abrir os olhos e ver. Existem espirais de energia em todo nosso ser, desde o cabelo até as pontas dos dedos. No nível microscópico encontramos outra espiral, por exemplo, e uma espiral muito importante, que nos liga aos nossos antepassados e determinam cada coisa a nosso respeito. São os genes, que transportam nossa hereditariedade e compõem os cromossomos do corpo. Os centros energéticos do corpo humano são denominados de chakras pelas filosofias orientais, e existem diversos deles espalhados por toda a área corporal, mas sete são os principais, que ficam situados na linha central do corpo, o primeiro na região do cóccix, o segundo na região sacral/umbilical, o terceiro na altura do estômago, o quarto na área do coração, o quinto na região da garganta, o sexto na testa sobre o centro entre as sobrancelhas e o sétimo situado no topo da cabeça. Eles são denominados respectivamente de, chakra raiz/base, chakra sacral/umbilical/sexual, chakra plexo solar, chakra cardíaco, chakra laríngeo, chakra frontal/terceiro olho e chakra coronário. Estes centros energéticos têm inúmeras funções que se relacionam com o corpo físico, corpo mental e psíquico, corpo emocional e corpo espiritual e energético. Pare por um instante e relacione os principais sistemas e glândulas do corpo, em sua lista estarão presentes as funções de percepção, respiração, circulação, digestão, reprodução e excreção, além das glândulas suprarrenais, ovários e testículos, pâncreas, timo, tireoide e paratireoide, pituitária e pineal. Todas estas estruturas, sistemas e órgãos têm ligação direta com estes centros energéticos e como nosso estado de saúde geral e evolução. O chakra raiz está associado ao intestino grosso e ao reto. Ele também é responsável, em parte, pelas funções dos rins, que livram o corpo dos resíduos. O chakra do sacro está relacionado com o sistema reprodutor, os ovários e os testículos, a bexiga e os rins. O chakra do plexo solar está ligado ao fígado, à vesícula biliar, ao estômago, ao baço e ao intestino delgado. O chakra cardíaco está relacionado com o coração e braços. O chakra laríngeo corresponde aos pulmões e à garganta. O chakra frontal relaciona-se com o cérebro. O chakra coronário não está limitado a uma única parte do corpo, e sim, a todo o ser. Existe uma relação direta entre as condições do chakra e os órgãos físicos correspondentes. O centro energético pode estar sobre ativo, com pouca vitalidade ou num estado de desequilíbrio. Pode estar aberto ou desbloqueado. Por exemplo, a disfunção do sistema reprodutor geralmente se manifestará por meio de sintomas físicos óbvios, como distúrbios menstruais. Os sintomas físicos serão refletidos por uma disfunção dentro da rede energética correspondente e o próprio chakra. Gerar uma mudança para devolver esse sistema de energia a um estado de equilíbrio produzirá uma alteração no nível físico. Os chakras funcionam como transmutadores de energia de um nível para o outro, distribuindo energia vital ao corpo físico. O mau funcionamento do corpo físico é, em si, o resultado de um colapso que ocorre dentro da rede energética de chakras e meridianos. Além da parte que se refere à saúde do corpo físico, os centros energéticos possuem uma profunda relação com a mente, a psíque, as emoções e as questões que permeiam o caminho evolutivo do ser humano, onde cada centro representa os desafios a serem vencidos e aprendizados inerentes à vida. Exemplificando, o centro da raiz, que se situa na base da coluna, se relaciona intimamente com a emoção do medo e segurança, instintos sexuais e de defesa, bem estar físico e com as experiências relacionadas com estabilidade, materialidade, finanças e presença no aqui e agora. Está ligado com a autoconsciência, é forte em pessoas centradas, naqueles que não se deixam levar pelo meio em que vivem ou por pessoas, a famosa âncora, ou raiz. Sua vibração é vermelha.

O centro umbilical, que fica a aproximadamente três dedos abaixo do umbigo, está relacionado com as emoções e o sentir em geral, mas principalmente com a alegria de viver, bem estar emocional e culpa, e com as experiências relacionadas com a reprodução e sedução, não somente no sentido de relacionamentos amorosos, mas também em relacionamentos no geral, no âmbito de magnetismo pessoal, de atrair as pessoas certas no momento certo ou de adentrar em isolamento no caso de desequilíbrio. Esse centro também é chamado de Hara pelos orientais, é o grande centro de vitalidade, percepção, poder de realização, força física e emocional, conexão com os ciclos da natureza e prazer, em todos os sentidos. Sua vibração é laranja.

O centro plexo solar, no centro do abdome, tem conexão com os aspectos do poder pessoal, governando as áreas de experiência da autoestima, liberdade, controle, intelecto, aceitação, autocuidado e visão de si mesmo. As emoções relacionadas são a vergonha e a confiança, também sendo a sede da preocupação, angústias, ódios e informações e situações “mal digeridas”. Tem a característica de ser transmissor e receptor de energias, é por ele que somos “drenados” por pessoas e ambientes, por isso é de grande importância para a proteção, o fortalecimento da autoconfiança e sempre estar em condição de transmissão de boas energias a tudo e a todos, quebrando a ressonância e o “link” com energias densas. Sua vibração é amarela.

O centro cardíaco, localizado no centro do peito, é o do coração. Governa o coração, sangue, sistema circulatório. Influencia o sistema imunológico e endócrino, sistema de respiração. Centro através do qual sentimos o amor, o dar, relacionar-se, aceitação e entrega. Conectado com o ato da compaixão, do amor pessoal e universal. É a sede do equilíbrio corporal geral. Esse é o chakra mais complicado de ser desenvolvido, e ao mesmo tempo o mais simples. É a pedra filosofal, o desapego aos bens materiais, o perdão, o amor incondicional pelo planeta, pela humanidade e pelo Todo. É através de onde acontece a experiência do “Deus Interior” de cada um, retratado em diversas filosofias espirituais. Sua vibração é verde, ganhando a tonalidade rosa quando desenvolvido.

O centro laríngeo, localizado na base do pescoço, vincula-se com os pulmões, cordas vocais, brônquios, garganta, maxilar, ombros e metabolismo. Sede da abundância e da prosperidade como resultado da forma como agimos na vida. Através deste chakra, aprender-se a receber e deixar as coisas fluírem sem criar condições que impeçam você de desfrutar da experiência. Centro de expressão e de comunicação, e está ligado aos mantras e à expressão do “verbo divino”, onde o que você fala cria. Desenvolve a eloquência, capacidade de comando e de raciocínio lógico. Fortemente desequilibrado em pessoas mentirosas e em indivíduos que não sabem falar não ou que “engolem sapos”. Sua vibração é azul claro.

O centro frontal (terceiro olho) é responsável por quase todas as percepções “extrasensoriais”, a intuição e a verdade no sentido de transcender as ilusões. A famosa expressão e a diferença entre “ver e conseguir enxergar”. Governa o cérebro inferior e o sistema nervoso, os ouvidos, crescimento, sistema endócrino e plexo carotídeo. Através desse centro consideramos nossa natureza espiritual. Este chakra também era muito desenvolvido durante as iniciações de culturas antigas, como egípcia e hindu. Despertando-o, o ser desperta e realiza que é um espírito imortal num corpo temporário de carne, e não o contrário. Sua vibração é azul índigo.

O centro coronário está localizado no topo da cabeça, é o plexo cerebral. Este chakra é o centro ligado à iluminação. Administra a parte superior do cérebro, regendo o sistema nervoso que simbolicamente representa o sistema de integração do Homem com seu Mestre Interior. Sua vibração é a violeta ou às vezes a combinação de todas as cores: Luz branca. Induz ao sentimento de confiança de estar sendo guiado pelo universo, de integração com o Todo. Rege as experiências interiores mais profundas e transformadoras, que se traduzem em sabedoria profunda. Na iconografia, é muito comum retratar os deuses egípcios, faraós e deuses hindus com um halo luminoso sobre suas cabeças ou ao redor delas. Isso é reflexo deste centro com “pétalas abertas” e emanando a luz cósmica. Esta é a explicação científica para a origem das auréolas dos santos na iconografia religiosa.

Além desses centros principais, nosso corpo também possui outros centros importantes nos pés, que absorvem energia telúrica (da terra) e descarregam nossos excessos negativos, com a função similar da estrutura do “fio terra” em redes elétricas (ilustrando a importância do andar descalço e pisar na terra), nas mãos, através dos quais canalizamos o amor presente em nossos corações e na língua, onde vocalizamos nossos desejos e transmitimos amor e afeição pelo ato de beijar. Os pontos de acupuntura/shiatsu também são centros energéticos em escala menor.

A total harmonização e desbloqueio dos centros energéticos e meridianos, atingida através da evolução plena de um ser em todos os aspectos, desencadeia um fenômeno e uma energia denominada Kundalini, simbolicamente representada pelo caduceu de Hermes e pela serpente, que teve seu significado alterado para esconder este conhecimento de todos, objetivando a manipulação e o enfraquecimento do ser humano. Uma vez que aquele que desperta a Kundalini torna-se mestre de si mesmo, rompendo com os grilhões do poder abusivo e do engano. É o total despertar do potencial de um ser nesse plano, estado esse que foi atingido pelos grandes mestres da humanidade. São seres que fizeram um canal livre de expressão e manifestação da realidade Divina através da ampla purificação e aperfeiçoamento de si mesmos.

(baseado no livro “O Poder dos Chakras” da editora Martin Claret e em texto do site do Marcelo Del Debbio)